Cheguei lá às 9h da matina e quase tudo já tinha sido vendido.
Me disseram que começou as 7h30!!! Ai ai ai, essa eu quase perdi.
Mas essa feira organizada pela
própria comunidade e pela articulação metropolitana de agricultura urbana –
AMAU (http://amau.org.br), com apoio
da paróquia e da REDE (http://www.rede-mg.org.br), aconteceu ao
lado da horta, o que facilitou a compra das hortaliças. Era só ir lá e
escolher. Um luxo!! Tentei comprar um alho
poró, mas quando consegui entender a dinâmica da feira, já não tinha mais.
Consegui comprar beterrabas, cenouras, acerola, gondó e jiló.
A feira do bairro Ribeiro de Abreu acontece uma vez por mês.
beterrabas, dona Júlia e uma moradora comprando repolho, banca com legumes. |
O gondó
eu não conhecia. Fiquei olhando para ele e provando a folha para chamar a
memória do paladar. Nada. Quem é você, meu filho? Ele não respondeu como era de
se esperar, mas dona Fizinha que estava achando graça me contou que come cru ou
refogado e que de qualquer jeito é uma delícia. É engraçado ver como algumas
pessoas salivam ao verem hortaliças. Acho que são almas borboletas.
folhas, flor e pé de gondó. Dona Fizinha feliz me apresentando o digníssimo. |
Fui correndo procurar na cartilha de hortaliças não
convencionais e achei que o gondó é o Erechtites valerianifolius, da família
das Asteraceae. É também conhecido como gindó, maria-gondó, maria-gomes
e capiçova. É uma planta herbácea, ereta, anual, ramificada, com hastes
grossas, um tanto carnosa, podendo atingir de 40 a 100 cm de altura.
Desenvolve-se bem em diferentes regiões de clima tropical, em solos com bom
teor de matéria orgânica.
O plantio pode ser feito durante todo o ano, mas em
regiões de clima mais quente, recomenda-se o plantio no período de março a
agosto. Os ramos são colhidos após 60 a 80 dias do plantio, quando são cortados
com 40 cm de comprimento.
A receita
de Dona Fizinha é simples: refogue o gondó com sal e alho. A dica dela é comer com
arroz, feijão, angu e uma carne de porco.
A minha
dica:
2 xícaras de farinha
de trigo
1 pitada de sal
100 g de
manteiga gelada e sem sal cortada em cubos bem pequenos
1 ovo
2 colheres (sopa) de
água gelada
Ingredientes para o
recheio
3
ovos
150
g de folhas gondó lavadas
200
g de bacon
1
colher (sopa) de salsinha picada
1/2
xícara de creme de leite fresco gelado
1
xícara de leite
1
pitada de pimenta-do-reino
1
pitada de noz moscada (ralada na hora)
1
cebola pequena picada
1
1/2 xícara de queijo minas curado ralado grosso
1
pitada de sal (prove o queijo. Caso seja mais salgado não coloque a pitada de
sal)
Modo de preparo
Massa:
Coloque a farinha num recipiente e misture ovo ligeiramente batido,
o sal e a manteiga em cubos. Misture com a ponta dos dedos, acrescentando a
água aos poucos até a massa ficar homogênea. Não
trabalhe muito a massa para que não seja liberado o glúten. Coloque a massa em
um filme plástico, leve à geladeira por 30 minutos. Pré aqueça o forno a
180 graus. Abra a massa com o rolo, forre o fundo e as laterais de uma
forma de 24 cm e leve ao forno. A melhor assadeira é aquela de fundo falso. Coloque um disco de papel alumínio ou papel manteiga
cobrindo inteiramente o fundo da massa e cubra com feijão cru (grão de bico ou
milho). Isso evita que a massa crie bolhas
no fundo e cozinhe por igual. Leve ao forno médio por 10 minutos. Retire
do forno e deixe esfriar. Descarte o papel e o feijão.
Recheio: Em uma frigideira aquecida doure o bacon. Retire o excesso de óleo e doure levemente a cebola picada. Coloque o gondó e a salsinha. A folha do
gondó deve ficar macia. Misture os ovos
inteiros , o leite, creme de leite, queijo curado ralado, gondó, pimenta-do-reino, noz-moscada
e o sal. Cuidado com o sal do queijo curado. Distribua o recheio sobre a base da massa assada e leve em forno pré aquecido a 180 graus por
50 minutos ou até o recheio ficar dourado.
Receita trabalhosa, mas, deliciosa!
ResponderExcluirNo meu Sítio é praga, dar o ano inteiro!