Ontem fui à Degustação
de Queijos Artesanais de leite cru do Vale do Jequitinhonha/MG, organizada pelo
Convivium Slow Food BH. Muitos tipos de queijos com sabores, formatos, cores e aromas
diferentes. Gente bonita e interessada
em colaborar para salvaguarda da cultura, dos modos de vida e dos saberes
envolvidos na produção de queijos artesanais.
O grupo segue as diretrizes do manifesto do
Slow Food Internacional em Defesa dos Queijos de Leite Cru, que tem como
objetivo realizar ações de mapeamento, divulgação e salvaguarda dos queijos
tradicionais de leite cru brasileiros. (veja mais aqui).
A questão dos queijos
produzidos a partir do leite cru (não pasteurizado) é que há uma legislação
sanitária que não permite que eles sejam
comercializados fora do Estado produtor, o que limita o crescimento da produção
local, a oferta no mercado e a diversidade de produtos oferecidos.
Por isso é
tão importante e necessário esse movimento para pressionar uma adequação da
legislação que deve criar formas de atender o pequeno produtor, além de
oferecer suporte a eles que, embora façam produtos saborosos e tradicionais,
precisam ter condição de se adequar, minimamente, às boas práticas de manipulação. Há muito o
que se pensar e considerar quando falamos de pequenos produtores no Brasil. Todos sabemos que o agronegócio, as grandes indústrias, as mineradoras, além da inexistência de uma política de desenvolvimento local, ameaçam a relação das comunidades rurais com a terra, com suas tradições e cultura, comprometendo a melhoria de sua qualidade de vida.
Fui convidada pela Bibi
que faz doutorado sobre queijos para participar da expedição que mapeou a
produção artesanal no Vale do Jequitinhonha, mas infelizmente não pude ir. A
expedição viajou 2500 km conversando,
provando e fotografando tudo. Trouxeram na mala muitos queijos e muitas lembranças
carinhosas dos produtores daquele lugar.
Marcelo Podestà, um dos
organizadores do Convivium de BH, falou sobre a proposta do Slow Food, da
expedição realizada em Minas e ainda fez uma introdução à degustação dos
queijos, com direito a ficha de degustação e dicas de como perceber melhor cada
queijo degustado.
E foi assim, entre
queijos brancos, marrons, cozidos, acompanhados de mel, melado, farinha de
mandioca, derretido, com pães deliciosos (feitos pelos italianos presentes),
cachaça, cerveja e com muita conversa e curiosidade que o encontro se deu.
Se quiser saber mais,
entre no site do Slow Food BH aqui no blog.
Bibi apreciando os queijim mineirm |
queijo cabacinha |
melado, mel, rapadura cachada, doce de amendoim |
broinhas e suco de tamarindo. humm muito bom! |
Marcelo e Bibi |
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