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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Bertalha Couve de Cerca

pezinho de bertalha couve de cerca antes de virar trepadeira

a cerca verde de bertalha do vizinho 

A Bertalha conheço bastante. Tenho comido há tempos e agora ofereço folhinhas cozidas com legumes para a neném. Ela come fazendo hummmmmm!

Das verduras não acho a mais gostosa, mas o sabor terroso e não picante é interessante. É uma planta mucilaginosa ( tem visgo) e quando cortada e refogada faz lembrar o quiabo e o ora-pro-nobis. Por causa disso prefiro comer as folhas cruas na salada, juntamente com outras,  mas pode ser consumida em sopas, suflês, risotos, com ovos pouchê, caldos, bolinhos e até em pães (folhas batidas ou secas e moídas, e acrescentadas à massa ). Suas inflorescências jovens, hastes e os frutos roxinhos são comestíveis. Aliás, a parte carnosa dos pequenos frutos da bertalha possuem a betalaína, uma substância existente em algumas plantas que é atóxica e solúvel em água. Um pigmento poderoso encontrado também na beterraba, na pitaia. e na flor de amaranto que pode ser utilizado para colorir gelatina, agar-agar e doces. Uma hora vou testar.

Encontrei nos livros cinco tipos: Bertalha Coração (Anredera Cordifolia); B. do Cabinho Roxo (Anredera Krapovickasii); B. Manteiga (Anredera Marginata); B. crocante (Anredera Tucumanensis) e a B. Couve de Cerca (Basella Alba). Todas elas são trepadeiras e podem ser encontradas no Brasil. É cultivada na América do Sul, África tropical, Caribe,  Índia, Malásia e Filipinas.

No Brasil nunca encontrei para vender, mas me disseram que no Rio de Janeiro é  bastante consumida. Aqui em BH vejo apenas em quintais como cercas vivas e em pequenas hortas domésticas. A espécie que encontro em um quintal aqui perto é a Bertalha Couve de Cerca, conhecida também por espinafre de malabar, espinafre do ceilão, couve mimosa, folha tartaruga. Apesar do nome popular, com espinafre não parece nada, muito menos com a couve.

Todo ano a cerquinha do quintal do vizinho desaparece embaixo da bertalha e quando ele vai limpar, lá estou eu. Comi uma vez em Salvador/BA um Caruru porreta que além de bertalha levava quiabo, cebola, taioba, capeba, castanha de caju, amendoim, dendê, leite de coco, camarão seco e pimenta, é claro. Acompanhava farinha de mandioca. Um manjar delicioso.

Ainda não fiz o caruru, mas fiz uma salada bem grande juntando muitas folhas diferentes e comi com pão de grãos e omelete de queijo Canastra curado. E como se anda falando aqui em casa: hummmmmmmm estava muito bom!!

Fui buscar bertalha e ganhei alface, almeirão, rúcula e azedinha
para a salada. Hummmmm!!

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Ótimo relato sobre esta nobre planta, tenho uma muda de quase 2 metros em casa, mas ela só tem uns 40 dias de vida ou um pouco mais, eu gostaria de saber como posso aduba-la, e também se a variedade Anredera Cordifolia nasce no clima quente aqui do RN, já que é uma planta do RS e outras regiões da América do Sul?

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  3. Onde encontro as sementes desse couve de cerca

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