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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Jurubeba: amarga mas é boa!

Passeando por Brumadinho e a caminho de Inhotim (Museu de arte contemporânea) encontramos a frutinha mais amarga que já provei na vida:  a Jurubeba! Deixa qualquer jiló para trás.

Em minha casa jurubeba sempre foi remédio. Meu pai bebia a Jurubeba Leão do Norte, bebida alcóolica muito vendida nos botecos por aqui, quando tinha algum problema de fígado. Mas vira-e-mexe ela aparecia e era cozida no arroz. A meninada não comia e se provava fazia careta. Apenas descobri o prazer do sabor amargo depois que fiquei adulta. Hoje como e gosto muito.


jurubeba com flor

eu e a juju
A frutinha com nome científico Paniculatum L., da família Solanaceae é conhecida também por jurubeba verdadeira, jupeba, juribeba, urupeba, gerobeba, joá manso, juribebe, jurupeba altera, jurubebinha. Na Farmacopéia brasileira é tida como produto para anemia, desordens de fígado e digestivas.

o pé de jurubeba
Deve ser boa mesmo, porque a danada amarga amarga amarga, mas é gostosa para quem gosta desse paladar. Peguei algumas poucas frutinhas e cozinhei no arroz, mas vou voltar para buscar mais porque quero fazer conserva. A árvore está cheia e ninguém nem liga. Um detalhe importante que aprendi quando fui pegar: as folhas e os galhos têm espinhos. É preciso cuidado.

folha com espinho. Ai, doeu!

Fiz assim: antes de colocar no arroz, higienizei as frutinhas lavando bem. Coloquei 1 copo de jurubeba e cobri com água fria. Deixei ferver, retirei a água. Fervi um pouco de água em outra panela e fui trocando a água da juju, fora do fogo, mais 6 vezes para retirar o amargor. Depois fiz o arroz e na última água coloquei as jurubebinhas amargosas. Se gostar mais amargo apenas coloque as jurubebas na última água do arroz e elas ficarão cozidas. Além de um sabor próprio ela fica bonitinha no arroz.


Esse foi o céu no dia do passeio. 

dia bão!

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