Em minha casa jurubeba sempre
foi remédio. Meu pai bebia a Jurubeba Leão do Norte, bebida alcóolica muito
vendida nos botecos por aqui, quando tinha algum problema de fígado. Mas
vira-e-mexe ela aparecia e era cozida no arroz. A meninada não comia e se provava fazia careta. Apenas descobri o prazer do sabor amargo depois que fiquei adulta. Hoje como e
gosto muito.
jurubeba com flor |
eu e a juju |
A frutinha com nome científico Paniculatum L., da família Solanaceae é conhecida também por jurubeba verdadeira, jupeba, juribeba, urupeba, gerobeba, joá manso, juribebe, jurupeba altera, jurubebinha. Na Farmacopéia brasileira é tida como produto para anemia, desordens de fígado e digestivas.
o pé de jurubeba |
Deve ser boa mesmo, porque a danada amarga amarga amarga, mas é gostosa para quem gosta desse paladar. Peguei algumas poucas frutinhas e cozinhei no arroz, mas vou voltar para buscar mais porque quero fazer conserva. A árvore está cheia e ninguém nem liga. Um detalhe importante que aprendi quando fui pegar: as folhas e os galhos têm espinhos. É preciso cuidado.
folha com espinho. Ai, doeu! |
Fiz assim: antes de colocar no arroz, higienizei as
frutinhas lavando bem. Coloquei 1 copo de jurubeba e cobri com água fria.
Deixei ferver, retirei a água. Fervi um pouco de água em outra panela e fui
trocando a água da juju, fora do fogo, mais 6 vezes para retirar o amargor.
Depois fiz o arroz e na última água coloquei as jurubebinhas amargosas. Se
gostar mais amargo apenas coloque as jurubebas na última água do arroz e elas
ficarão cozidas. Além de um sabor próprio ela fica bonitinha no arroz.
Esse foi o céu no dia do passeio.
dia bão! |
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